Mato Grosso do Sul se destaca na arrancada da produção de amendoim no Brasil

Com boa produtividade, estado reforça papel no crescimento nacional e ajuda Brasil a mirar liderança mundial no óleo de amendoim

Mato Grosso do Sul se destaca na arrancada da produção de amendoim no Brasil
Lavoura de amendoim em Mato Grosso do Sul; estado dobrou área cultivada e se destacou na produtividade da safra 2024/25 (Foto: Jair Heuert/Embrapa)

A produção brasileira de amendoim deve alcançar 1,18 milhão de toneladas na safra 2024/2025 — um crescimento de mais de 60% em relação à safra anterior. O salto é puxado pelo aumento na área plantada e, principalmente, pela alta na produtividade, que passou de 2.873 kg/ha para 4.197 kg/ha. E quem está no meio desse avanço? Mato Grosso do Sul, que dobrou sua área de cultivo e viu suas lavouras reagirem bem mesmo com o clima irregular.

O dado é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e reforça a tendência de expansão do amendoim no país, não só como cultura de apoio, mas como produto estratégico para o campo e para o mercado externo.

MS: chuva no tempo certo e colheita promissora

A região sul de Mato Grosso do Sul enfrentou um fevereiro seco. Mas março chegou com chuvas regulares, e isso fez toda a diferença para o enchimento dos grãos. No norte do estado, a colheita já começou em algumas cidades e tem mostrado bom potencial produtivo, segundo a Conab.

Mesmo com dificuldades pontuais em outras partes do Brasil, como Minas Gerais e Paraná, onde o clima prejudicou parte das lavouras, MS se destacou pela recuperação rápida e pela perspectiva de boas entregas.

Na região Centro-Oeste como um todo, a área plantada com amendoim dobrou em relação ao ano passado, e a produtividade aumentou 26%, somando 179 mil toneladas — número liderado por Mato Grosso do Sul e Goiás.

O Brasil de olho no mundo

Com esse avanço, o Brasil se consolida como um dos principais produtores e exportadores mundiais de óleo de amendoim. Segundo a consultoria Agro Itaú BBA, o país ficou em segundo lugar na safra 2023/24, atrás apenas da Índia, com 110 mil toneladas exportadas. A expectativa é que na safra atual o Brasil assuma a liderança global nas exportações.

Hoje, 75% do óleo produzido no Brasil é exportado. Os principais compradores são China (50%) e Itália (31%). Com o aumento da produção e a valorização internacional, o amendoim passou a ocupar lugar de destaque não só na mesa brasileira, mas também nos navios rumo ao mercado global.

Doce, óleo ou exportação: amendoim vai longe

Em estados como São Paulo, o foco continua na indústria de doces, com destaque para a cidade de Tupã. Já no Paraná, há produção para o varejo e consumo local. Mas o que chama atenção nesta safra é como estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso do Sul, estão ganhando força no cultivo de uma cultura antes mais concentrada no Sudeste.

Além disso, o amendoim tem se mostrado resistente a pragas, sendo uma opção interessante para rotação de culturas, especialmente no fim da safrinha, onde já entra no lugar do milho em algumas propriedades.

O amendoim, que por muito tempo ficou na sombra de outras culturas, agora está no centro do palco — e Mato Grosso do Sul faz parte desse protagonismo.

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