Mato Grosso do Sul se destaca na arrancada da produção de amendoim no Brasil
Com boa produtividade, estado reforça papel no crescimento nacional e ajuda Brasil a mirar liderança mundial no óleo de amendoim
Com uso do etanol e apoio da Fiems, MS lidera a redução de carbono no Brasil e avança na meta de neutralidade até 2030.
Mato Grosso do Sul lidera a redução de emissões de carbono no Brasil em 2024, com queda de 6,6% nas emissões da frota de veículos leves. O destaque se deve principalmente ao aumento do uso do etanol, que tem contado com o apoio de políticas públicas, consumidores conscientes e ações de entidades como a Fiems, que adotou o biocombustível em sua frota. A informação é do estudo “Descarbonização da Matriz de Combustíveis”, divulgado pela FGV Bioeconomia.
O estudo da Fundação Getulio Vargas, que ganhou destaque nacional no jornal O Estado de S. Paulo, aponta que sem o uso do etanol, as emissões no estado seriam 40% maiores. Atualmente, a frota sul-mato-grossense emitiu 1,8 milhão de toneladas de CO₂ — uma das menores taxas do país.
A contribuição da Fiems, ao trocar a gasolina pelo etanol em seus veículos, reduziu 235,6 toneladas de CO₂ entre março e dezembro de 2024 — queda de 35,32%. A medida é simples, mas mostra como decisões práticas geram impacto real.
O diretor de Sustentabilidade da Fiems, Robson Del Casale, destaca que a indústria local tem papel ativo nessa mudança. “O Estado tem perseguido as metas de redução para ter carbono neutro em 2030 e a indústria está fazendo a sua parte”, afirmou.
Segundo ele, a adoção do etanol movimenta toda a economia local. “É um produto que é feito aqui, gera emprego e renda aqui, e ainda ajuda o meio ambiente. Isso mostra que estamos fazendo o dever de casa”, completou.
Além de ajudar a reduzir o impacto ambiental, o uso do etanol tem efeitos diretos na economia sul-mato-grossense. O estado possui hoje 22 usinas em operação — 19 de cana-de-açúcar e 3 de milho — responsáveis por mais de 33 mil empregos diretos. Essas usinas movimentam economicamente mais de 40 municípios.
O presidente da Biosul, Amaury Pekelman, destacou que os dados comprovam o papel essencial dos biocombustíveis no caminho para a descarbonização. “O etanol e outras fontes renováveis são soluções reais e imediatas para reduzir emissões e movimentar a economia”, afirmou.
Em 2024, o consumo de etanol hidratado no estado chegou a 369 milhões de litros — um aumento de 87% em relação ao ano anterior. A participação do etanol na matriz de combustíveis do estado subiu de 19% para 34% em apenas um ano, impulsionada pela redução do ICMS e pela maior preocupação ambiental dos motoristas.
Mato Grosso do Sul quer ser referência nacional e até internacional em sustentabilidade. A meta do governo estadual é atingir a neutralidade de carbono até 2030 — e o etanol é uma das chaves para isso. O apoio da indústria, da população e de políticas públicas vem mostrando que a meta é possível e que já está em andamento.